Filosofias e lembranças da Pri

Minha mente nunca foi tão aberta à visita assim antes.

Sou alguém com coragem, alguém que olha avante. Que persiste em tempestades e garoas. Eu já desisti. Entreguei-me ao pessimismo. Deixei-me isolar do planeta, dentro de mim mesmo. Já confiei em Deus, e já vi minha fé abalada.Todos os meus pesares descritos em textos e lembranças que nunca se vão.
Tinha um plano desenhado com rabiscos, numa folha qualquer, e um plano escrito em um livro oficial de Alguém que é capaz de fazer absolutamente, qualquer coisa.
Vi uma mudança radical acontecer diante de meus olhos, no meu dia-a-dia. Vi-me amadurecer de uma forma rebelde, e inconseqüente. Deixando para trás um “eu” esperto, e decidido. Planos escritos.
Me pego olhando para o nada, e simplesmente relembrando.
Sinto-me alguém que não separa passado de presente, e se perde assim, se sentindo com freqüência, descontente.

Poesias eu ouço, e leio dos mais sábios pensadores. Mas a meu ver, principalmente, foram pessoas que viveram sentimentos intensamente, ou se estacionaram no medo.
E é por isso que os admiro. Porque descreviam o que a vida lhes concedia, e não histórias abstratas. Lembrando que: a meu ver.
Em meu desatento estado, cometi erros nos meus afazeres e nas minhas estratégias.
Porque o castelo “forte” que construí, de um puro e singelo amor adolescente, me embalou de tal forma, que aprendi a viver por isso. A ser qualquer coisa para isso.
A ser o melhor que podia ser para vê-lo feliz. Era tudo de que precisava.
Muitas mágoas e desentendimentos foram marcados em meio a maravilhosas lembranças na linha do tempo deste sentimento.
Sentimento este que sabe fazer sorrir, como a pessoa mais feliz do universo, e sabe abater, como o mais solitário ser.
Eu criei essa explosão de felicidade nessa trajetória de uma vida toda por ele.
Sem dúvidas, o amor da minha vida. Mas para lhe ser sincera, não acho que eu tenha o mesmo significado no olhar alheio. Sonhei com ele esta noite. Uma realidade vigente. Enquanto eu faço dele, de “nós” o sonho mais alto, ele vê coisas que lhe poderiam lhe fazer mais falta, e se discordar de mim, tudo bem.
Mas vos passo o que meus olhos contemplam.
Olhos esses que já viram muita coisa, independente de minha idade.
Em meio ao desmazelo de quem sou, e do que represento para ele, sinto em meu peito uma dor que corrói. Uma dor voraz. E eu não caminho do mesmo jeito, não vejo tantas cores no que me fazia sorrir com afinco outrora.
Como eles, os meus saudosos “amigos” escritores do passado, descreviam a morte, sinto-a derramada em tal sonho meu. Não estou de partida, e não se trata de suicídio. Sou uma pessoa confusa, que tropeça como todas as outras, mas que merece chances para sobreviver como todos.
Não desistirei de mim nesta vez. Mas não posso lhe assegurar que irei expor meu sorriso por longos dias. Não posso lhe assegurar que usufruirei de meu vasto repertório de piadas idiotas para atrair atenção de amigos. Posso afirmar que necessito de uma força sobrenatural para a superação. Porque tem certos sacrifícios, certos momentos de tormenta e aflição que só entendemos os “porquês” quando adentramos um futuro repleto de mudanças. Mudar: ato que necessita grande coragem. Algo que figura o que podemos nos tornar.
Em meio ao torpor de morte, do sonho mais belo que já tive, entrego minhas armas de batalha, deposito-as ao chão. E não sei se espero o calor do sol me aquecer novamente, ou se olho o horizonte à busca de absolvição. Algo vindo dele. Não sei de mais nada, meu amigo. E do que me adianta as palavras mais belas se me vejo completamente paralisada pela dor de ver algo, antes tão belo e arrebatador, se tornar um arrebatador de um pedaço enorme de mim?!

...as pessoas não jogassem mais tanto lixo nas ruas?!
E se nós começassemos a limpar de nós mesmos os lixos que injetamos em nós diante do que a mídia quer, independentemente se achamos bonito ou feio, e acabamos adquirindo para "atrair olhares"?
E se as pessoas parassem de criticar os estilos, a religiosidade, o modo de pensar dos outros?
E se começássemos a tentar entender as pessoas pelo que são, e não pelo que nossos olhos desenham?
E se andássemos nas ruas com um sorriso estampado, mesmo se nosso time perdeu, ou se não ganhamos nada para estarmos estonteantemente felizes?
E se chorássemos, independentemente de quem estiver observando, pois prender dentro de si mágoas, e lágrimas não faz bem, sobrecarrega, e faz desabar nossa auto-estima?
E se as pessoas parassem de "checar" nossa roupa, nosso cabelo, nossas palavras, e nosso modo de andar?
E se todos caíssem na real que todos temos direito de escolha, do que quer que seja, de pensamentos à acessórios?
E se parássemos de nos acanhar todos os dias, nos deixando ser amedrontados por qualquer coisa ou pessoa que ameace o nosso bem estar, ou coisas e pessoas que amamos?
E se puséssemos em nossa mente, e nos dispuséssemos a continuar caminhando, independentemente se "tomates" nos atingem pelas escolhas que fazemos, ou pelo que dizemos, ou até mesmo, pelo que pensam que somos?
E se párassemos de desejarmos a morte para, até mesmo, o pior bandido do mundo?
E se pensássemos que todos têm uma segunda chance, e Deus sabe o que faz?
E se botássemos em prática nossos ideais revolucionários ao invés de nos estacionarmos no sofá na frente da TV e esperarmos alguém fazer isso por nós?
E se lutássemos pelo que nos é de direito? A vida, o ar, os riscos, as escolhas...tudo nos pertence!
E se párassemos de deixar coisas para o dia seguinte, já que num lampejo tudo pode desmoronar, ou apenas ir, e perdemos uma chance que esteve bem diante de nós?





Reflita, mesmo que seja ainda estacionado na frente da TV.

E você? Se tranca em casa e injeta em si mesmo o título de perdedor, ou encara a realidade tentando contorná-la sendo você?
Por alguns anos, me tranquei num casulo de lágrimas, abatimento, depressão, desistência de sonhos, e sofri inferioridade profunda. Me sentindo sempre só. Buscando nas janelas, no vento, no sol, onde fosse... um abraço que nunca vinha.

Deixei "ônibus" passarem, que poderiam me levar pra um lugar melhor, uma coisa diferente.
Peguei minhas apostas e fui até o final. Sendo teimosa, e persistente.
Dizia que a esperança e a paciência são coisas de ouro, que é muito difícil se ter. E são. Mas eu consegui mantê-las. Embora, por diversas vezes, desisti de tentar.
Como eu disse, me aconcheguei no meu próprio casulo, de desconforto pessoal.
Via amigos, namorado, família, como coisas que eu teria de dar meu máximo. Pessoas especiais, sem as quais, não sei o que seria de mim, de verdade, se não aparecessem.
Por vezes quis parecer uma fortaleza, prendendo meus anseios, e minhas tristezas amargas, para que vissem em mim um posto sólido de confiança.
Escondendo as ruínas em que se encontrava meu interior. Deixei que meus fracassos me fizessem fracassar mais ainda por relembrá-los todos os dias.
Como meu "psicólogo", Wagner Quaresma diz, todos temos escolhas. As vezes, para fazer o melhor para o nosso futuro, precisamos arranjar uma força sobrenatural, que não vem de nós. No passado, nós não podemos mexer. Tem pessoas que não o esquecem. Infelizmente, sou uma delas. E isso me faz mal. Mas gravo uma coisa na minha cabeça, não quero repetir os mesmos erros. Preciso tentar evitá-los.
Tive várias fases: a rebelde, a boazinha-certinha, a ignorante, a destemida, a inferior, a solitária, a idiota, a menina sorridente, e muitas outras.
Somos pessoas passiveis a erro, não somos completamente babacas. Só um pouco. rs
Recentemente, eu abandonei a pessoa que mais me feliz, e a que mais lutou por mim.
Quem sempre estava ali pra mim, Deus. Não o abandonei, só estou um pouco fria. Eu sofro e me decepciono, porque deposito nas pessoas uma confiança extrema que deveria depositar no Pai.
Porque pessoas decepcionam. Pessoas erram.
Eu sou uma delas. Tenho inúmeros defeitos, e me envergonho deles.
Queria muitas vezes ser uma pessoa melhor. Mas, uma coisa eu sei, dou o máximo pelas pessoas ao meu redor. Custe o que custar, preciso delas. Não seria a mesma sem eles.
Quando eu choro, e sinto uma dor sentimental é horrível, mas ver um amigo assim, parece que está acontecendo comigo.
Preciso me desculpar comigo mesma. Porque, me perdoe se isso parecer "achismo-próprio", e metidez, mas sou uma menina baixinha, mas inteligente, chata as vezes, mas com caráter, chorona, mas justa. Não posso sucumbir.
Quero jogar a corda no poço, e me ouvir gritando de algum poço dentro de mim, que eu estou pronta pra guerra. Posso dizer que eu sou eu mesma. Prefiro tomar as decisões, e ter minhas próprias escolhas. Essa é a minha deixa. Preciso guerrear pro mim, mesmo que sacrifícios sejam feitos. Todas as escolhas têm seus sacrifícios, e seu preço a ser pago. E não venha me dizer que preciso me dar muito valor mesmo, se vocÊ não me deu quando precisei.
Não quero ficar pra trás, preciso resgatar a confiança em mim, e tentar me levantar.
Preciso de uma força sobrenatural. Preciso me reconstruir, e mostrar a quem não me dá valor, que eu me dou valor. E que se não sou tão importante, me deixará ir, e ver alguém que se importa lutar por mim da maneira que eu luto. Sem recuamento, e sem medo. Eu sou...


Priscila de Almeida Silva Gomes, 20 anos.
Faço faculdade de Letras, e trabalho em um Call Center.
Tenho família, amigos, e um noivo.
Vivo um dia de cada vez. Sem apressar, e sem atrasar.
Tenho sonhos, e tento ser, cada dia, mais forte. Vivi muitas coisas, e estou dísposta a mais. Mais aventuras, mais erros, mais...e mais...
...Quero aprender mais coisas, quero descartar outras. Quero ser como uma árvore enraízada nos meus sonhos. Que chuvas, ventos e acidentes não derrubem, por mais que a balancem.
 Quero ser digna de confiança, e de atenção. Quero ser uma princesa, louca de all-star. rs Quero pisar na lua, quero conhecer Tom Welling, Quero visitar países, e criar uma universidade para escritores. Quero conhecer a rainha Elizabeth. Quero ser uma cantora novamente, quero saltar de asadelta. Quero estar em um set de filmagens de um filme a ser indicado ao Oscar. Quero estar numa cerimônia do Oscar.
E quero sonhos comuns, mas que também são muito difíceis, acredite ou não. Casar, ter filhos, um bom emprego, e amigos VERDADEIROS por perto. Os falsos podem procurar uma outra amiga.

Tudo isso é difícil, mas não impossível. Enquando eu estiver viva, há possibilidade de cada um desejo, depende de mim, depende do destino, depende da minha coragem diante dos empecilhos. Eu tenho escolha. Todos temos. De dizer sim ou não para o que seja. Todas as escolhas têm suas consequências.
Mas assim a vida funciona. Saiba fazer as escolhas do seu coração, ou de sua mente. Porque perderá coisas com escolhas que, supostamente, são as corretas, mas que não é o que queria para si. Poderá decepcionar imensamente alguém, perdendo sonhos, pessoas e coisas, devido a isso... me refiro...
a si mesmo.




"Sou dramática,intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, e falta de ar..." (Clarice Lispector)

Bem-vindo(a)

Talvez eu não tenha exatamente as palavras que buscava, ou talvez eu relate exatamente o que precisava saber. Mas uma coisa eu posso te assegurar, estou sendo sincera e falando da minha vida. Mas mesmo que isso não seja tão importante pra vc, sei que passamos todos pelas mesmas coisas, mesmo que a intensidade seja diferente em algumas delas. Mas pegue, um chá... se aprochegue, e me conheça, não pelo que vê, mas por minhas humildes e sinceras palavras e pensamentos.

Mesmo que para criticar, ou elogiar...

...fique a vontade.

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